A expressão crise de “perda de fôlego” refere-se a episódios relativamente comuns que, embora pareçam uma crise convulsiva, são de natureza não-epiléptica. Eles podem ocorrer quando a criança está com medo, chateada ou com raiva, quando sofre uma queda ou batida brusca, ou por dor. Sempre há um desencadeante!
A criança chora e parece parar de respirar na expiração (ao pôr o ar para fora, na exalação do ar), ficando com uma coloração pálida acinzentada ou azulada e perdendo temporariamente a consciência. Ela pode ficar molinha ou, mais frequentemente, rígida, com alguns movimentos de braços ou pernas.
Os episódios são involuntários, o que significa que a criança não pode controlá-los. Eles geralmente duram menos de um minuto e, apesar de serem muito assustadores para quem os testemunha, não prejudicam a criança.
As crises de “perda de fôlego” geralmente começam entre 6 e 18 meses de idade. Em muitos casos, só vão parar quando a criança tiver 4 ou 5 anos de idade, embora algumas crianças continuem a apresentá-las por mais tempo. A família deve ser reassegurada da natureza benigna dos episódios. Um eletrocardiograma deve ser solicitado. Havendo anemia ferropriva associada, a deficiência de ferro deve ser tratada. Fora isso, não há outros tratamentos necessários.
PS.: Se você deseja assistir vídeos sobre o assunto, pesquise por “breath holding spells” no YouTube. Há diversos episódios.