É muito difícil para os pais navegar no mar de opções que existem em relação ao tratamento do autismo (TEA). A verdade é que, infelizmente, a maioria dos métodos com validade científica, bem testados e com demonstração de efetividade, não conta com profissionais certificados no Brasil. Tem pouquíssima gente, em centros urbanos. No interior, quase impossível.
E muita gente, infelizmente, se auto-entitula e auto-atribui formações que não conferem com a realidade.
Uma coisa que você precisa saber: não basta contratar uma FONO ou uma TO. A faculdade de fonoaudiologia e de terapia ocupacional não prepara a pessoa para tratar autismo. Nenhuma faculdade prepara. A pessoa precisa se especializar nisso. Ler, estudar, fazer cursos, trabalhar na área. Só assim ela será a pessoa certa para tratar o seu filho. Peça o currículo, converse com a pessoa – não confie em diploma.
As opções de tratamento para crianças pequenas (2-6 anos) giram em torno de dois modelos: um mais estruturado, com o adulto direcionando as brincadeiras e atividades, e outro mais livre, onde a criança é que lidera (o adulto espera, observa e segue o interesse da criança, geralmente imitando, num primeiro momento, aquilo que ela faz). Em ambos os casos, claro, caberá ao adulto preparar o ambiente para que as opções de estímulo sejam adequadas ao nível de desenvolvimento e ao tipo de brincadeira que a criança faz/é capaz de fazer.